sexta-feira, 30 de abril de 2010
Uma Nota de uma Amiga
Nos dois últimos séculos, mais coisa menos coisa, o nosso mundo ocidental acreditou na ilusão de que o divertimento é um negócio caro. Trabalhamos arduamente em coisas que não gostamos de fazer de forma a ganhar dinheiro para gastar em coisas que gostamos de fazer.
Pois bem, o prazer inútil ajuda-o a escapar a toda essa confusão dispendiosa e ao desapontamento. O prazer inútil ajuda-nos a evitar elegantemente todo o clamor, agitação e pressão do mundo do trabalha-sem-parar e compra-sem-parar, e a aceder a um mundo de alegria e liberdade. E desfrutar do prazer só pelo prazer pode ser um acto de rebeldia, o que costuma dar um gosto especial.
“Os prazeres ilícitos são proibidos até se tornarem rentáveis”
“Quero lutar por mais prazer, e não por menos sofrimento”
Raoul Vaneigeim
O prazer inútil tem a ver com a autogestão, liberdade, independência.
Quando no verão dormimos uma sesta despreocupada debaixo das árvores de um jardim, estamos a reclamar o nosso direito a viver como escolhemos.
Quando damos um passeio deliberadamente vagaroso pela cidade, e meramente observamos a vida à nossa volta sem nos submetermos à pulsão de comprar, estamos a fazer um protesto agradável contra a sociedade do trabalho e do consumo.
O prazer também pode voltar a ligar-nos à natureza.
Os ociosos adoram a natureza. Não custa nada e é terapêutica.
Algo tão simples como atirar um seixo ao mar numa praia rochosa traz-nos de volta à terra. Ninguém teve de comprar o seixo, ou alugar a água, ou assistir a uma aula de lançamento de seixos. Há seixos de sobra para toda a gente.
A natureza põe as suas coisas à disposição de forma gratuita, ao passo que os prazeres concebidos pelo homem são muito caros.
Precisamos de olhar para as práticas de outros tempos. Quem olha para a história em busca de ideias para a vida actual é com demasiada frequência considerado um romântico ou um nostálgico. Mas fazer o oposto, ou seja, acreditar no futuro, não será um pouco irracional?
A ideia de nos divertirmos pelos nossos próprios meios, usando a nossa criatividade e imaginação em vez de pagarmos a alguém para fazer isso por nós, parece uma abordagem sensata.
Num mundo de labuta, stress e preocupação incessantes, o prazer ocioso pode ajudar-nos a viver de novo, a ter prazer, a desfrutarmos do nosso amor inato pela natureza, a sensualidade e o convívio, sem grande esforço para nós próprios ou para as nossas contas bancárias.
Deitemos fora as grilhetas da vida moderna e entreguemo-nos ao prazer genuíno;
Não corra, ande devagar.
Olhe para cima, sorria e saboreie a sensação da água vinda do céu a refrescar-lhe a cara desgastada pelas preocupações. Quanto mais molhado ficar, mais livre se irá sentir.
Mal se encontre em casa, a pingar o tapete, o riso irá dominá-lo.
Dispa o seu fato completamente encharcado e corra para a casa de banho (tanto melhor se não estiver sozinho).
Está completamente encharcado e grandes pingos de àgua escorrem-lhe pelo nariz.
Seque-se, envolva-se num roupão e devore uns biscoitos acompanhados de uma boa chávena de chá a ferver, deliciando-se no seu sofá!
By Joana Duarte
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Em jeito de diario....
terça-feira, 27 de abril de 2010
Cativa
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu o principezinho com delicadeza. Mas ao voltar-se não viu ninguém.
- Estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? disse o principezinho. És bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Anda brincar comigo, propôs-lhe o principezinho. Estou tão triste...
- Não posso brincar contigo, disse a raposa. Ainda ninguém me cativou.
- Ah! perdão, disse o principezinho. Mas, depois de ter reflectido, acrescentou:
- Que significa “cativar”?
- Tu não deves ser daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os Homens, disse o principezinho. Que significa “cativar”?
- Os Homens, disse a raposa, têm espingardas e caçam. É uma maçada! Também criam galinhas. É o único interesse que lhes acho. Andas à procura de galinhas?
- Não, disse o principezinho. Ando à procura de amigos. Que significa “cativar”?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu, disse a raposa. Significa “criar laços”...
- Criar laços?
- Isso mesmo, disse a raposa. Para mim, não passas, por enquanto, de um rapazinho em tudo igual a cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. Para ti, não passo de uma raposa igual a cem mil raposas. Mas, se me cativares, precisaremos um do outro. Serás para mim único no Mundo. Serei única no Mundo para ti.(...)Mas voltou à mesma ideia:
- Levo uma vida monótona. Eu caço galinhas e os Homens caçam-me a mim. Todas as galinhas são iguais e todos os Homens são iguais. Por isso aborreço-me um pouco. Mas, se tu me cativares, será como se o Sol iluminasse a minha vida. Distinguirei de todos os passos, um novo ruído de passos. Os outros passos fazem-me esconder debaixo da terra. Os teus hão-de atrair-me para fora da toca, como uma música. E depois, olha! Vês lá adiante os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me dizem nada. E é triste. Mas os teus cabelos são cor de oiro. Por isso, quando me tiveres cativado, vai ser maravilhoso. Como o trigo é doirado, far-me-á lembrar de ti. E hei-de amar o barulho do vento através do trigo...
A raposa calou-se e olhou por muito tempo para o principezinho.
- Cativa-me, por favor, disse ela.
- Teria muito gosto, respondeu o principezinho, mas falta-me tempo. Preciso de descobrir amigos e conhecer outras coisas.
- Só se conhecem as coisas que se cativam, disse a raposa. Os Homens já não têm tempo para tomar conhecimento de nada. Compram coisas feitas aos mercadores. Mas como não existem mercadores de amigos, os Homens já não têm amigos. Se queres um amigo, cativa-me.
- Como é que hei-de fazer? disse o principezinho.
- Tens de ter muita paciência, respondeu a raposa. Primeiro, sentas-te um pouco afastado de mim, assim, na relva. Eu olho para ti pelo rabinho do olho e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, de dia para dia, podes sentar-te cada vez mais perto...(...)
- Vou dizer-te o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Grande Peça Grandes Actores - A Não Perder
A encenadora Cristina Carvalhal, convidada para encenar este texto, galardoado no ano de 2008 com oGrande Prémio de Teatro Português promovido pela SPAutores e pelo Teatro Aberto, foi vencedora do Prémio de Melhor Espectáculo de 2009 atribuído pela SPAutores, pelo seu trabalho em “A Orelha de Deus”, de Jenny Schwartz.

Cristina Carvalhal
Música
João Gil
Cenário
Ana Vaz
Figurinos
Ana Vaz e Maria Gonzaga
Luz
Melim Teixeira
Apoio ao movimento
Margarida Gonçalves
Com
Bruno Simões | Carlos Malvarez | João Maria Pinto | Luisa Salgueiro | Teresa Faria
QUARTA A SÁB.21H30
DOM.[MATINÉ] 16H00
Maiores de 12
Não se realiza: | 28/03/2010 a 29/03/2010 | 04/04/2010 a 05/04/2010 11/04/2010 a 12/04/2010 | 18/04/2010 a 19/04/2010 25/04/2010 a 26/04/2010 |
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Looking...
15 dicas ecológicas - passo a passo, muda-se o mundo

15 dicas ecológicas - passo a passo, muda-se o mundo
Ajudar o ambiente não é uma tarefa fácil, mas adoptando pequenos passos, no quotidiano, já pode estar a contribuir. Existem milhares de dicas que pode seguir. Veja aqui alguns:
1- Desligue os aparelhos electrónicos. Mas desligue mesmo. Ao deixá-los em stand-by continua a ser desperdiçada energia. Se o desligar da ficha, pode poupar até 40% de energia.
2- Evite abrir e fechar o frigorifico muitas vezes. Tire tudo o que desejar de uma só vez. Para beber água, encha uma garrafa com água gelada, que assim permanecerá fresca até a noite. Está a poupar mais energia do que pensa.
3- Coma menos carne vermelha. O gado produz metano, um gás inflamável altamente poluente. Para produzir carne (vaca, porco e afins), são gastos milhões de litros de água. Para 1kg de carne branca (galinha e perú) é necessário apenas 10 a 20 litros.
4- Faça reciclagem em casa e no trabalho. Com tanta informação que já existe sobre o assunto, já não tem desculpa para não fazer. No trabalho fale com o seu chefe sobre o assunto. Papel/cartão, vidro, plástico e pilhas. Quanto a estas últimas, use as recarregáveis: sabia que podem ser recarregadas cerca de 1000 vezes?
5- Instale lâmpadas de baixo consumo, como flourescentes. Estas gastam menos 60% de energia que as normais. Pode poupar até 150 quilós de carbono anualmente. Ainda nesta linha, compre electrodomésticos de baixo consumo energético. Estas têm um selo certificado, sejam nacionais ou importadas.
6- Marque no calendário: de 15 em 15 dias, descongele a sua arca. O excesso de gelo pode reduzir a circulação de ar frio e assim é gasta mais energia.
7- Encha a máquina de lavar loiça ou roupa antes de pô-las a funcionar. Se quer apenas fazer meia máquina, seleccione um modo de menor consumode água ou de uma temperatura mais baixa. Para lavar a loiça à mão, não gaste água quente no seu máximo se pretende lavar apenas alguns pratos e talheres. Para secar poucas quantidades de roupa, evite usar o secador. Em dias de sol ou de menos frio, ainda pode estendê-las no jardim, terraço ou até mesmo na casa de banho (abra a janela). Vai poupar muita energia!
8- Coma no restaurante. Tente evitar comprar comida para levar, pois assim irá poupar no combustível, e menos embalagens plásticas signi

ficam menos lixo.
9- Faça compostagem doméstica. É possível ajudar a reduzir o efeito de estufa a partir do seu jardim: o lixo orgânico e doméstico vai decompor-se de forma completamente natural. Saiba mais aqui.
10- Compre alimentos da região, nomeadamente fruta e vegetais. Além de reduzir custos de transporte (combustível - ida até ao supermercado, por exemplo), você está a ajudar ao crescimento da sua cidade. 11- Ao fazer compras, leve sempre o saco de lona. Os sacos plásticos emitem gás carbónico e metano, assim como grandes poluentes: quem nunca viu imensos sacos no chão, ou no mar? Estes podem demorar até 400 anos a decompor-se. 12- Plante uma árvore ou flores no seu jardim. Assim estão a ser absorvidas toneladas de gás carbónico. 13- Ande menos de carro. Sabia que ao usar o carro apenas duas vezes por semana estão a ser emitidos menos 700 quilos de gases tóxicos? Use os transportes públicos (autocarros, metro), ande a pé ou use a bicicleta. 14 - Deixe o AC (ar condicionado) desligado. Prefira optar por um ventoinha de tecto. Ao refrescar a sua sala ou quarto, está a poupar até 90% de energia. Se quer dar algum uso ao seu AC, ponha-o no mínimo. 15- Não desperdice água. Gaste apenas 5 minutos no chuveiro. Ao lavar a cabeça e o corpo, desligue a água, assim ela não está a ser desperdiçada. Se tem caldeira de água quente, diminua a temperatura até entre 10 e 15 graus.
Se tem crianças, não as deixe brincar com água. Ensine-as desde cedo que a água é um bem precioso que deve ser preservado.
15 dicas ecológicas - passo a passo, muda-se o mundo
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Meio da Semana...
mas também já estava a tardar :)
Venha lá então o resto....
Cá estarei..
segunda-feira, 19 de abril de 2010
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Hoje....
Em relação ao dia de hoje mais uma vez me deparei com a habitual falta de respeito infelizmente tão característica dos transportes públicos...